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Relação disfunção visceral e dor músculoesquelética

Relação disfunção visceral e dor músculoesquelética

Sabe aquela dor no joelho que você já tentou diversos tratamentos e não obteve o resultado esperado? Então, ela pode ter relação com uma perda da mobilidade e função (disfunção) de um órgão (víscera) gerando dores em músculos, tendões e ligamentos (sistema musculoesquelético).

Segundo o Dr. Andrew Taylor Still, criador da Osteopatia, o funcionamento do corpo é um único indivisível; qualquer seja a alteração de um órgão repercutirá necessariamente em todo o organismo.

O sistema visceral apresenta relação com todos os outros sistemas corporais, inclusive com o sistema músculoesquelético, seja por meio de ligações proporcionadas pelo sistema de fáscias ou através dos nervos comuns aos dois sistemas.

Possui movimentos, pois é organizado de forma a favorecer deslocamentos dinâmicos. O universo visceral é dotado de sistemas de sustentação baseado em pregas peritoneais com funções ligamentares que permitem esses deslizamentos em planos e eixos (mobilidade visceral) ao mesmo tempo em que garantem estabilidade posicional a cada uma. Assim, os sistemas de sustentação visceral estabelecem relações anatômicas dinâmicas entre víscera-peritônio (membrana serosa, lisa e deslizante que reveste toda cavidade abdominal que sai da parede do abdômem revestindo vários órgãos) víscera-víscera e víscera-somática. Estes movimentos viscerais estão na dependência da liberdade que os sistemas de sustentação fornecem, possibilitando o deslizar entre as vísceras.

Pegamos como exemplo os rins, que estão situados em um sulco formado pelos músculos psoas e quadrado lombar. Uma disfunção renal pode influenciar estes músculos e vice-versa. O músculo psoas tem relação com as vértebras lombares e com a articulação sacro ilíaca. O músculo reto femoral tem sua inserção proximal na espinha ilíaca anteroinferior (quadril) e inserção distal na tuberosidade anterior da tíbia (joelho) via ligamento patelar. Um movimento de posterioridade do osso ilíaco, faz com que aumente a tensão no músculo reto femoral, tracionando a patela superiormente, predispondo ao surgimento de lesões na região do joelho.

A avaliação e tratamento destas disfunções baseia-se em testes e técnicas manuais suaves, que visam devolver a mobilidade visceral do rim acometido, eliminando influências primárias e secundárias destas disfunções, promovendo a saúde global do indivíduo.

 

Referências bibliográficas:

Osteopatia visceral – Nível 3 / Presidente Prudente: Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual – I.D.O.T., 2016. Páginas. 06; 07; 22.

KEITH L. MOORE, ANNE M. R. AGUR, ARTHUR F. DALLEY. Fundamentos de Anatomia Clínica. 4ª edição. Editora Guanabara Koogan. 2013. Páginas 208; 317; 321;335.

 

Autor:

DR CARLOS EDUARDO N. ROSA

 

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