Urofisioterapia – Uma Abordagem Fisioterapêutica sobre a Incontinência Urinária Masculina.
Incontinência Urinária (IU) é definida pela International Continence Society (ICS) como “a queixa de qualquer perda involuntária de urina”, sendo assim um sintoma. Para estudos epidemiológicos esta definição deve ser baseada em frequência, assim IU é definida como a perda involuntária de urina quando ocorrem dois ou mais episódios ao mês. A IU pode ser classificada como uretral (causada por anormalidades vesicais ou anormalidades esfincterianas ou a combinação de ambos) ou extra-uretral (causada por fistulas urinárias ou ureter ectópico). Nos homens os casos de anormalidades esfincterianas são mais comuns, causadas por lesões anatômicas após cirurgias de prostatectomia
A incontinência urinaria no homem não é comum quanto em mulheres, mas mostra a mesma tendência de aumento de prevalência com o aumento da idade e a maioria dos casos de incontinência urinária masculina ocorre por disfunção esfincteriana, mas não todos. É fundamental no exame físico observar a perda de urina e avaliar e testar a integridade da inervação, exames de imagem e endoscópicos são realizados conforme se apresenta o caso e a analise urinaria, ultrassonografia para medida do resíduo e fluxometria devem ser obtidos em todos os pacientes, um estudo urodinâmico de múltiplos canais, e se possível, um estudo urodinâmico podem determinar o mecanismo da incontinência urinária e não devem ser preteridos.
Sendo assim, a incontinência urinaria é uma doença de elevada incidência, devido a esse fato, novos conceitos para o tratamento da incontinência urinaria tem surgido e a fisioterapia tem demonstrado papel importante, mesmo nos casos onde há indicação cirúrgica. Existem várias situações no pré e pós-operatório onde a fisioterapia tem um papel complementar na incontinência urinaria masculina e entre os métodos fisioterápicos mais utilizados a cinesioterapia atua favorecendo o aumento da força muscular e resistência a fadiga, melhorando a mobilidade, flexibilidade e coordenação muscular, outra modalidade é o biofeedback que através de estimulação tátil, visual ou elétrica permite que o paciente se conscientize de seu corpo e de suas funções, o tratamento comportamental também é de grande importância auxiliando na conscientização sobre o funcionamento normal da bexiga.
A fisioterapia desempenha papel importante na preparação e no pós- operatório de prostatectomia radical com bons resultados e pouco efeito colateral.
Autora:
DRA BIANCA ALMEIDA